A atuação de um suposto “gabinete do ódio” em Pernambuco gerou repercussão no Plenário da Assembleia Legislativa (Alepe) e será alvo de investigação por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar contratos de publicidade do Governo do Estado.
A criação da CPI foi solicitada pela deputada Dani Portela (PSOL), líder da bancada de oposição, que afirmou estar sofrendo ameaças nas redes sociais. Segundo a parlamentar, notas fiscais apresentadas por ela ligariam a Secretaria de Comunicação de Pernambuco (Secom) a páginas utilizadas de forma articulada para “destruir a imagem” de adversários políticos. A denúncia recebeu o apoio dos deputados Cayo Albino, Waldemar Borges, Junior Matuto, Rodrigo Farias e Romero Albuquerque.
Em defesa do governo, os deputados Joãozinho Tenório e Renato Antunes argumentaram que as acusações se baseiam em suposições. Eles destacaram que a Secom realiza contratações de publicidade com base em critérios técnicos e negaram qualquer financiamento para ataques pessoais, divulgação de fake news ou uso indevido de recursos públicos.
O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, afirmou haver indícios de atuação de uma “milícia digital” com participação de servidores da Casa Civil. Ele garantiu que o caso será devidamente investigado.