Paulo e Edmo: uma relação como nunca antes vista na cidade

Anunciada na campanha eleitoral como sendo uma “gestão em dose dupla”, dois anos e meio depois do início do governo, a relação de confiança, respeito e parceria do prefeito, Paulo Roberto (MDB), e do vice-prefeito, Professor Edmo (PSDB), tem se mostrado que de fato tem sido em “dose dupla” para além do slogan inicial.

“À população, o nosso prefeito sempre diz que o nosso governo tem que ser para as próximas gerações, mas sempre deixa claro para todos nós que fazemos a gestão que para atingirmos esse objetivo, precisamos fazer um trabalho que nos garanta a reeleição e, depois, garanta também a eleição do vice-prefeito”, afirma o Edmo.

Vitória não tem um histórico de união entre o prefeito e vice, o que chegou a causar estranhamento entre a população diante do alinhamento dos dois atuais gestores. Desde o ano 2000, que a população percebe sempre um rompimento do prefeito com o seu substituto imediato. E Isso se dá, as vezes logo, no primeiro mandato como aconteceu com José Aglailson e Biu da Morepe; Aglailson Junior e Dr Saulo, ou no segundo mandato, com Elias Lira e Henrique Filho. Dr Saulo não teve sequer um gabinete estruturado na prefeitura. 

Professor Edmo tem, não só um espaço físico, como também conta com auxiliares para receber e ouvir às demandas da população, que ele atende diariamente em seu gabinete. Mais umas das tarefas compartilhadas pelo prefeito e o vice. E eles se dividem também em diversos momentos para atender demandas da agenda oficial que acontecem ao mesmo tempo.

No lançamento do São João deste ano foi assim: enquanto Paulo foi anunciar a programação, Edmo sentou na cadeira do prefeito para uma reunião com o IBGE. Por três momentos oficialmente o cargo foi transmitido do prefeito ao vice, em um deles Edmo foi até o palácio do Campos das Princesas assinar ordem de serviço para obras em Vitória, ainda na gestão Paulo Câmara, que pessoalmente se posicionava como oposição e divergia de Paulo Roberto neste posicionamento político com muito respeito. 

Tanto respeito que eles chegaram a ter palanques diferentes ao governo do Estado, mas o acordo que quem tivesse o seu candidato no segundo turno teria o apoio do outro. E assim aconteceu com Paulo Roberto subindo no palanque de Raquel Lyra, no segundo turno, após apoio costurado pelo vice-prefeito, que é presidente municipal do partido de Raquel.

“A população percebe essa nossa união em prol deles - pessoalmente e em comentários nas redes sociais - e juntos escolhemos caminhar por eles”, explica o vice-prefeito que completa “Não fazemos um governo de direita ou de esquerda. Não representamos cores partidárias, representamos as cores da bandeira de Vitória e trabalhamos para que o vitoriense possa demonstrar seu valor, uma frase que acertadamente Paulo escolheu como slogan da nossa gestão, porque dita o ritmo do nosso trabalho”, comenta Edmo Neves.

Categoria:Cidades

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