Morre jornalista Glória Maria, ícone da TV
Postado
02/02/2023 07H02
Glória foi pioneira inúmeras vezes. Foi a primeira a entrar ao vivo no
Jornal Nacional e inaugurou e era da alta definição da televisão brasileira.
Mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos
históricos. “Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu
parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade
pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer
coisa.”
Vida
e carreira
Glória Maria Matta da
Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da
dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se
destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de
redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.
Glória também chegou a
conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade
Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.
Em 1970, foi levada por
uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Em uma época sem internet, era
ouvindo as frequências da polícia que se descobria o que acontecia na cidade.
Fazer uma ronda de telefone, ligando para batalhões e delegacias, também era
tarefa de um radioescuta.
Na Globo, tornou-se
repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A
estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo
de Frontin, no Rio de Janeiro. “Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a
falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem
trabalhei”.
Glória Maria trabalhou no
Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio — coube a ela a primeira reportagem do
matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.
Categoria:Brasil