Entenda mais sobre a prática de exercícios físicos em dias quentes

Com o aumento do número de casos da Covid-19 e influenza, somados aos dias quentes, o PE no Ar entrevistou o professor e preparador físico, Antônio Arruda para falar sobre o tema. A conversa ocorreu nesta terça-feira (1), e o professor Antônio falou sobre o nível de esforço e perda de líquido em dias quentes. Comentou também sobre a prática de exercícios físicos pra quem apresenta sequelas deixadas pelo covid, uso de máscara e distanciamento. Além da importância da prática de exercícios para o aumento da proteção contra doenças infectocontagiosas.


Antônio Arruda lembra que no Nordeste os dias são quentes, mas alguns em específico estão mais. Ele explica que o calor aumenta a temperatura corporal e leva as pessoas a suarem mais, expelindo mais água e aumentando a desidratação.  "Isso causa uma diminuição do nosso volume de sangue. Então a gente acaba deixando o nosso sangue um pouco mais denso. Então ele fica mais difícil de circular no nosso corpo. Então a gente precisa fazer mais esforço pra esse sangue circular", pontua o professor Antônio.

Quando se perde muito líquido também são colocados pra fora alguns sais minerais. Como cálcio, sódio e potássio, que são muito importantes pra contração muscular. Esta se torna um pouco menos eficiente e existe uma quantidade de esforço maior para a circulação sanguínea. Que é responsável por levar oxigênio e nutrientes para todos os tecidos. "Então quando a gente soma tudo isso acaba aumentando a frequência cardíaca. Aumentando a nossa pressão arterial. Nos deixando mais cansados, de fato".


O preparador físico também comenta que pessoas que estão fazendo prática esportiva, precisam lembrar que existe uma necessidade de ter um bom raciocínio. Uma boa cognição durante o exercício, como uma partida de futebol ou tênis, por exemplo. É importante ter precisão no chute, no arremesso ou na raquete. "A gente tem um pouco de diminuição da capacidade neurológica durante o exercício quando a gente está em grande circulação de calor", pontua o professor.


Sobre exercícios pra quem apresenta sequelas da Covid-19, principalmente pulmonares ou cardiovasculares, Antônio Arruda sugere que se volte a praticar exercícios em baixa quantidade e com baixo nível de esforço. "Você vai aumentando gradativamente com o passar dos dias ou das semanas até estar plenamente restabelecido e conseguir ter o mesmo desempenho pré acometimento", lembra. Já com relação ao uso de máscara, o professor explica que não existe o risco de aumento da perda de saturação de oxigênio. Não apresentando perigo, apenas um desconforto na hora no treino.

Antônio Arruda atenta para a importância do distanciamento e lembra que é necessário treinar seja em ambientes abertos ou fechados. Pois muitas academias oferecem a segurança necessária. Ele explica que o treino diminui o agravamento de doenças infectocontagiosas, inclusive a Covid-19. "Ao deixar de treinar, você aumenta a probabilidade de ter quadros inflamatórios que são um prato cheio pra uma baixa imunidade. E uma baixa imunidade lhe torna mais suscetível a ter um acometimento. Seja de covid, ou de qualquer outra doença infectocontagiosa", enfatiza.


O preparador físico fala que fazer exercício estimula o músculo e ao estimular o músculo se aumenta a produção do hormônio Irisina. Este que só acontece durante o exercício e essa quantidade de hormônio cai na corrente sanguínea e se tem uma melhora da imunidade e na diminuição dos quadros inflamatórios. "A gente acaba tendo menos chance de risco de acometer covid e caso seja acometido a gente vai ter menos chance de agravamento uma vez acometido", explica o professor Antônio Arruda.



Categoria:Vitória de Santo Antão

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