Lula critica preço dos combustíveis
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28/01/2022 19H11
Em entrevista à rádio Liberal FM, do Pará, na tarde desta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o fortalecimento da Petrobras e a destinação do lucro auferido pela estatal a projetos que melhorem a vida do povo brasileiro e aumentem a capacidade das refinarias do país, a fim de evitar que o Brasil importe combustíveis, como tem acontecido no governo atual.
Ele voltou a criticar a política de correção dos preços dos combustíveis, atrelada aos preços internacionais, e lembrou que, em seu governo, a Petrobras passou por um processo de capitalização – o maior da história – que a levou à segunda posição no ranking das maiores empresas de energia do mundo. Lula mencionou também o fato de a legislação ter sido modificada para assegurar que a riqueza do pré-sal, descoberto em sua gestão, fosse destinada para o povo brasileiro, por meio de projetos de ciência e tecnologia, saúde e educação.
Lula explicou que o sonho foi destruído com o golpe que tirou a ex-presidenta Dilma Rousseff do poder. "Esse país não pode continuar assim. Os combustíveis não podem continuar subordinados a preços internacionais. Se preparem. Se a gente voltar, com todo respeito ao acionista, minha preocupação não é com o acionista de Nova Iorque, é com o povo brasileiro, que compra um carro a prestação e depois vai no posto de gasolina e não consegue colocar gasolina. Tem gente que só tira o carro da garagem para lavar a calota e o para-choque".
O ex-presidente afirmou que as refinarias brasileiras, que hoje estão com ociosidade de 20% a 30%, precisam produzir mais. "A Petrobras é uma empresa extraordinária não só de petróleo, mas de tecnologia, de investimento. É isso que queremos fazer com a Petrobras e é por isso que vamos evitar que destruam a Petrobras como estão destruindo".
Defesa da Eletrobras
Lula também se posicionou contrário ao projeto do atual governo de vender a Eletrobras. O ex-presidente destacou que querem vender uma empresa construída com dinheiro do povo brasileiro para que a iniciativa privada cobre mais caro pela energia. "Se o Brasil não tivesse a Eletrobras, se não tivesse força para o setor, não teríamos feito o (programa) Luz para Todos, que beneficiou o Pará e todo o Brasil".
Para o ex-presidente, essas ações são de vendedores da pátria que subordinaram o Brasil a interesses internacionais e aos acionistas minoritários de Nova Iorque. "Eu estou preocupado é com o povo do Pará".
Com informações da assessoria.
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