Danilo Cabral deve ser o nome da frente popular. Confira análise do cientista Hely Ferreira.

Na próxima semana, o governador Paulo Câmara (PSB), deve anunciar o pré-candidato do partido. E existe uma grande possibilidade do deputado Danilo Cabral ser o candidato da frente popular como governador de Pernambuco. Pensando nisto, o Pernambuco no Ar entrevistou o cientista político, o professor Hely Ferreira para analisar o cenário. Além de Danilo Cabral, Hely comentou também sobre nomes como Raquel Lira, prefeita de Caruaru, Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatao e Miguel Coelho, prefeito de Petrolina.

Danilo Cabral é formado em Direito, é auditor do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), e faz parte do partido desde 1990. E ainda em 2006, coordenou a campanha do ex-governador Eduardo Campos. Para Hely Ferreira, o cenário aponta para a candidatura de Danilo como candidato da frente popular. "Ainda ontem eu conversei com uma fonte palaciana e ela diz que o nome hoje mais forte é do deputado federal Danilo Cabral. Mas em nenhum momento você se torna oficial antes que alguém divulgue de forma oficial o seu nome", explicou o cientista.

Segundo Hely, outros nomes como o de Tadeu Alencar, o ex-prefeito Geraldo Júlio e também do secretário da Casa Civil José Neto, seguem como apostas para candidatos da frente popular. Para o professor Hely Ferreira, a menção do nome de Danilo Cabral não é uma surpresa. "Não surpreende. O nome dele já foi lembrado em outros momentos, assim como o deputado Tadeu Alencar. Além de já ter sido vereador da cidade do Recife, e também ter exercido o cargo de secretário em uma das pastas mais importantes e complexas de qualquer governo, que é a Secretaria da Educação", pontuou Hely.

Sobre a facilidade da frente popular continuar no poder, o professor Hely Ferreira acredita que antes existia um candidato que as pessoas lembravam. Mas que a partir de Eduardo Campos isso mudou. Como Paulo Câmara e Geraldo Júlio eram pessoas desconhecidas. "Mesmo com toda nebulosidade, o PSB tem mais facilidade de se reeleger. Embora exista um desgaste natural por estar há muito tempo no poder", destaca.

Sobre o desempenho de Anderson Ferreira, de Jaboatão, Raquel Lira de Caruaru e Miguel Coelho de Petrolina, Hely acredita que Miguel tem candidatura sem volta. "Eu posso até estar enganado, mas acredito que ele é candidato de todo jeito". Sobre Raquel Lira, ele analisa que ela é quem menos se comporta com "apetite" pra disputar uma eleição. "Eu acho que ela vai ponderar muito até que ponto vai valer a pena deixar o mandato de prefeita pra ir pra uma campanha ao Governo do Estado". E sobre Anderson Ferreira, Hely destaca que o político em alguns momentos pensa em ser candidato a governador, e em outros pensa em ser candidato ao senado.

Hely lembra que a frente popular está fechada com Lula. E que acredita que políticos que têm o apoio de Bolsonaro terão mais dificuldades para eleição no Nordeste. Em um eventual segundo turno com Raquel Lira (que não é apoiadora de Bolsonaro), sendo candidata contra a frente popular. E Miguel Coelho não indo pra o segundo turno, as pessoas lembrariam que o pai dele era líder do governo do senado. Já Anderson Ferreira não nega em nenhum momento que gosta do presidente Bolsonaro. O cientista então pontua a dificuldade que a oposição tem, já que Anderson no senado pediria uma reeleição para o presidente, e Raquel votos para João Doria. Hely então conclui que "Nesse aspecto volto a dizer existe mais unidade da frente popular".


Categoria:Pernambuco

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