Joe Biden quer resposta final sobre as origens da Covid-19 em até 90 dias
Postado
27/05/2021 09H47
Kate Sullivan e Donald Judd, da CNN
O presidente Joe Biden disse nesta quarta-feira (26) que instruiu a agência de inteligência dos Estados Unidos a redobrar seus esforços na investigação das origens da pandemia Covid-19, e informá-lo em 90 dias.
O anúncio foi feito depois que um relatório da inteligência dos EUA descobriu que vários pesquisadores do Wuhan Institute of Virology da China adoeceram em novembro de 2019 e tiveram que ser hospitalizados - um novo detalhe que trouxe mais debates sobre as origens da pandemia do novo coronavírus.
"Como parte desse relatório, solicitei áreas de investigação adicionais que podem ser necessárias, incluindo questões específicas para a China. Também solicitei que este esforço incluísse o trabalho de nossos Laboratórios Nacionais e outras agências de nosso governo para aumentar os esforços da agência de inteligência. E eu pedi à agência de inteligência para manter o Congresso totalmente informado de seu trabalho", disse Biden.
O presidente afirmou: "O fracasso em colocar nossos inspetores no local naqueles primeiros meses continuará a atrapalhar qualquer investigação sobre a origem da Covid-19."
Biden disse ainda, por meio de um comunicado, que em março instruiu seu conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, a incumbir a agência de inteligência de preparar um relatório sobre a análise mais atualizada das origens da pandemia Covid-19, incluindo se o vírus emergiu do contato humano com um animal infectado ou de um acidente de laboratório. Biden disse que recebeu esse relatório no início deste mês e pediu acompanhamento adicional.
“A partir de hoje, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos 'uniu-se em torno de dois cenários prováveis', mas não chegou a uma conclusão definitiva sobre esta questão. Aqui está sua posição atual: 'enquanto dois elementos tendem para o cenário anterior e um se inclina mais em relação ao último - cada um com confiança baixa ou moderada - a maioria não acredita que haja informações suficientes para avaliar um ser mais provável do que o outro", disse Biden no comunicado.
Essa é essencialmente a mesma determinação pública que a comunidade de inteligência teve por mais de um ano sobre as origens da Covid-19, embora a declaração de quarta-feira deixe claro que esses dois cenários são "prováveis" e não apenas sendo investigados.
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